Capítulo2 – 25) Alívio
- Sim, alô! Por favor preciso saber do estado de saúde do
Jovem Samuel. Assim o professor Alfredo buscava se apoderar das novidades.
- No geral ele esta muito bem. Ficará no soro por alguns
minutos para reidratar o corpo e em seguida estaremos liberando-o.
- Graças a Deus!
- Mais alguma coisa senhor?
- Não, muito grato. O sorriso tomou conta de seu rosto.
Na recepção do hospital Jardel se apossava de um telefone.
Sua mente cheia de idéias, uma biblioteca de pensamentos, todos se esbarravam
tamanho o tráfico de imagens que surgiam como uma fonte em sua memória.
- Sim, quem fala?
- Professor Jéferson aqui é o Jardel, precisamos conversar.
- Onde você está agora?
- Estou no hospital.
- Está tudo bem?
- Sim , trouxe o jovem Samuel para cá.
- Por fim ele apareceu, Anita estava ansiosa por notícias
dele.
- Pois é, ele ressurgiu e eu o trouxe para cá. Mas esse não
é o caso. Precisamos conversar.
- Irei até aí, aguarde-me no estacionamento.
- Tudo bem.
Na fazenda a notícia recém chegada via telefone dada pelo
professor Alfredo ressuscita a alegria no local. Bolinhos são colocados no
fogo, na velha frigideira. No liquidificador as frutas pulavam, parecia uma
festa, como a alegria às contaminasse também. Ora para cima, ora para os lados,
assim o líquido crescia e o suco surgia. Os sorrisos, os corpos descontraídos se
apoiavam em cotovelos sobre a mesa, que segurava as costas para que todo o
físico não chegasse ao chão. Assim o sorriso invadia a face, os olhos
brilhavam, os ombros abaixavam.
As crianças gritavam, corriam, a alegria comandava o
ambiente.
Naquela enfermaria o jovem deitado, com soro ao braço, não
deixava sair de sua posse o metal brilhante que se escondia entre as suas mãos.
- Que brilho é esse?
- Não sabemos, mas já foi tentado de um tudo para retirá-lo
e de nada adiantou, só uma tomada traumática para o fazer soltar essa peça.
- Tudo bem, por enquanto o deixará ai, mas logo logo iremos
removê-lo.
Assim doutora e enfermeira teciam suas palavras junto ao
leito do jovem.
O Professor Jardel roia as unhas enquanto seus olhos
atentos vasculhavam o estacionamento do hospital.
Dois faróis penetram, saíram da pista e estavam buscando um
canto naquele local.
Jardel ergueu o pescoço, fixou seus sentidos, como um
radar buscava traduzir aquele fenômeno. Seria o Jéferson? O tempo parecia estar
parado, sua ansiedade empurrava os minutos para que voassem, enquanto o suor
frio corria pelas costas.
Os olhos abriam, buscavam ficar maior, numa tentativa de
aumentar a visão. Infelizmente não era o seu esperado. Do veículo saiu uma
médica no seu uniforme branco.